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Branding

Negócio, Marketing e Branding: Uma fábula para gestores

Esta é uma história que já ouvimos tantas vezes, nunca deixando de ser atual. E começa sempre da mesma forma…

Era uma vez três empresários, cada um dono da sua empresa.

Decidiram vender o mesmo produto, na mesma rua, mas com formas de gestão distintas, e sempre com o mesmo objetivo: Encantar o “lobo mau”, também conhecido como o consumidor e as suas expectativas.

O primeiro empresário teve uma ideia, construir um Negócio, decidindo que iria vencer a concorrência pelo preço, sem alocar esforço algum a qualquer outro tipo de diferenciação. “O cliente quer é preço!” – dizia de forma orgulhosa, mas nunca irá conseguir fidelizar clientes e terá sempre medo que o lobo mau encontre um preço mais baixo. O que derrubará a sua casa de palha, segura por margens cada vez menores.

O segundo empresário também pretende construir um negócio, para o fazer crescer decidiu utilizar algumas ferramentas de Marketing. “Para vender têm de me conhecer! E Marketing é publicidade!” – dizia orgulhoso enquanto fazia flyers e publicações nas suas redes sociais. Quando os amigos lhe perguntavam: “A quem está destinado o teu produto?” – o empresário respondia sempre “Ora isso é fácil! A todos os que quiserem comprar! Não é?!”.

Conseguirá vender muito mais do que o primeiro, sem nunca perceber o porquê de poucas pessoas regressarem, visto tanto o produto como o preço serem bons.

O terceiro empresário demorou mais tempo. Decidiu, com base na sua ideia, construir um negócio, apostando na criação de uma Marca. Procurou uma agência de Branding que o apoiasse na conceção de uma estratégia. Alinhou a razão de ser do seu produto com os valores dos seus clientes. Procurou entendê-los e compreender os seus interesses, investindo na criação de uma relação com o consumidor.

Enquanto o tempo passava, os dois primeiros empresários lá iam rindo deste “pobre desgraçado”, que tinha investido numa Marca, e numa relação com o lobo mau que, na ótica deles, não iria demonstrar retorno.

Chegada a hora de enfrentar o lobo mau, os três empresários preparavam-se e a ansiedade ia crescendo.

O primeiro empresário, confiante de que o preço seria a chave para agradar ao lobo mau, abriu as portas, convidando-o a entrar e o lobo mau simplesmente passou, para espanto do empresário. Este não tinha compreendido que o lobo mau, procurava e desejava algo mais do que apenas preço.

O segundo empresário abriu as portas, confiante de que o lobo mau, pertenceria ao grupo “todos que querem comprar”, tendo sido bombardeado com publicações diárias nas redes sociais e encontrando flyers no seu pára-brisas, todos os dias. Iria, certamente, tornar-se seu cliente! Ficou surpreso quando o lobo mau passou diretamente em direção ao terceiro empresário.

O lobo mau identificou-se com o propósito da Marca do terceiro empresário, percebeu que a proposta de valor da marca era apelativa, pois a comunicação tinha sido pensada ao longo do tempo, de forma coerente e consistente. Não foi pressionado a comprar, nem sentiu que algo lhe estava a ser impingido. Sentiu-se compreendido quando entendeu que o produto satisfazia as suas necessidades, sentiu-se seduzido por um propósito da Marca perfeitamente alinhado com os seus interesses. E por isso, não teve dúvidas, comprou, regressou e recomendou a Marca do terceiro empresário.

A lição? Fica para quem a desejar receber.

Nisto o primeiro empresário pensava “Deve ter um preço mais barato do que o meu…”  –  e o segundo pensava: “O Marketing dele deve ser melhor do que o meu…”

E chegada uma tempestade no mercado, apenas uma casa se manteve de pé.

Consegue adivinhar qual?

Não é tempo perdido, é tempo investido.

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