Há muito que o papel e a utilização do vídeo enquanto elemento de comunicação entrou no dia-a-dia nas marcas. É uma técnica antiga, mas capaz de se revelar altamente eficaz, quando o seu conteúdo se encontra devidamente alinhado com os valores da marca. Contudo, mais do que nunca, é fundamental incutir-lhe um carácter humano, que revele a essência da marca. Neste caso, falamos de humanizar a marca. E o vídeo será das melhores formas de o conseguir.
Começando pela parte técnica, um vídeo bem estruturado poderá ter um impacto mais profundo na mente do público-alvo, do que uma imagem estática. É, igualmente, muito mais prático para quem o está a consumir conseguir sentir-se envolvido na história. Olhemos as campanhas de algumas marcas automóveis. É muito mais eficaz utilizar uma curta-metragem de dois minutos, na qual se cria uma história e uma narrativa, para transmitir um sentimento do que uma imagem estática. Não descurando, claro, que ambas as ferramentas de comunicação se devam completar.
O homem é um ser social, que não sabe viver desligado da sua comunidade, e que procura agrupar-se em pessoas que partilhem o seu pensamento, o seu modo de estar e sua visão daquilo que deve ser o mundo. Por essa razão, foram criadas as redes sociais. Ferramentas que permitiram ao mundo estar cada vez mais conectado. No entanto, há uma regra que as marcas devem seguir quando chegam a estes canais: socializar. Só que esta ideia exige ir mais além do que fazer publicações, exige criar relações com os consumidores. Repare-se: os mercados estão cada vez mais saturados com players, e os clientes nunca tiveram tantas opções de escolha. Ao mesmo tempo, hoje, são mais exigentes do que nunca. Conseguindo potenciar estas dinâmicas, além de comprarem, estes acabarão por recomendar as marcas aos seus pares.
No nosso ponto de vista, acreditamos que a humanização da marca deve ter em consideração algumas variáveis:
- Autenticidade Absolutamente obrigatório. As marcas devem ser autênticas, transparentes e acessíveis ao público-alvo. Sugerimos que crie um estilo próprio, consistente e bem presente em todo o tom de comunicação. Não adianta tentar disfarçar isso. Os consumidores reconhecem autenticidade, e sabem o que é falso.
- Propósito A missão, visão e valores deve ser muito clara, uma vez que é através desta que os potenciais clientes sentirão uma verdadeiramente conexão. O propósito é o norte da marca e sem ele a marca não existe.
- Os colaboradores Antes de pensarmos em potenciais clientes, tem que se ter em consideração os maiores embaixadores da marca: os colaboradores. São eles os primeiros a sentir os seus valores. Mostrar quem são, num processo de humanização, ajuda as pessoas a sentirem uma ligação. As pessoas tendem a identificar-se com pessoas que vivem experiências semelhantes às suas.
- Educar criando necessidades Uma marca que se preocupa em transmitir conhecimento útil para o seu público é uma marca mais humana. Se este tipo de interações educacionais forem bem sucedidas, criam-se relações fortes e o passa-a-palavra acontecerá de forma natural.
É basilar identificar para quem se está a comunicar, ou seja, definir o seu público-alvo. Esta iniciativa é absolutamente crucial e não pode ser evitada, uma vez que vai permitir definir o conteúdo e o tom da mensagem que se quer transmitir. É diametralmente diferente tentar comunicar para alguém que tenha 65 anos (Geração Baby Boomer) do que para alguém que tenha 25 (Geração Z). É importante que o consumidor entenda a campanha como um elemento verdadeiramente humano, e não uma mera tentativa de gerar notoriedade através de um vídeo recheado de frases feitas. Neste contexto, a pandemia COVID-19 evidenciou essa “escassez” de criatividade das marcas. Mensagens demasiado padronizadas, com ideias repetidas.
Humanizar uma marca não é um exercício fácil. Requer tempo, debate e dedicação. É um processo subjetivo e o resultado é efémero porque uma marca humana, é uma marca viva, e algo que vive está em constante mutação. Rodeie-se dos melhores profissionais para iniciar ou desenvolver este processo que consideramos fundamental.